O futuro das profissões começa agora

O futuro das profs-01

Detetive de dados, oficial de ética, analista de cybercidade, alfaiate digital. Essas são algumas das profissões do futuro, segundo levantamento do Center for the Future of work. O relatório nada mais é do que uma aposta sobre o que estará em alta no mercado de trabalho em 2030. Parece distante, não é mesmo? Só que o profissional que vai trabalhar em 2030 está sendo formado agora nas escolas. E como pensar em educação hoje em um presente de tanta transformação? O futuro parece assustador não é mesmo?

Por isso, nesse mundo pautado na velocidade da tecnologia, a tendência é de um ensino cada vez mais voltado para desenvolver habilidades dos alunos. Nesse contexto, o papel do educador como um facilitador desse processo é fundamental. É o que aponta a psicóloga e coordenadora na Unitau, Andreza Maria Neves Manfredini. “O professor deve mudar a ênfase no individuo para a ênfase aos contextos nos quais o indivíduo está inserido. Favorecer uma transformação enriquecedora, que busque crescimento e o desenvolvimento criativo dos alunos, professores e pais”.

A preocupação é com a formação holística do ser humano e não somente de um aluno capaz de ser aprovado em um vestibular. A formação para a carreira tem que ir além, é uma formação para a vida. Deve ajudar o aluno a ser capaz de ser flexível diante de um futuro que sequer imaginamos como será. Esse processo também precisa incluir a família e passar pela transformação da comunidade na qual o estudante está inserido.

“Acredito que a educação tanto a básica (que considera a educação infantil, fundamental e médio) quanto a de ensino superior precisa ser mais inclusiva, ou seja, se expressar na necessidade de um processo educativo de qualidade, independentemente da condição socioeconômica. A inclusão coloca um conjunto de desafios específicos, que devem ser assumidos crítica e criativamente, se efetivamente pretende-se fazer contribuições para o processo de inclusão escolar”, defende a especialista.


Um primeiro passo na educação pública foi dado em 2017, com a reforma do currículo na educação, proposta pelo Governo Federal. Em algumas instituições da rede particular é notado também um movimento, – ainda tímido-, na condução de uma escola mais humana com um espaço para a formação de um cidadão.


A educação trabalhando em conjunto para formar um cidadão pode contribuir e muito para o desenvolvimento do que o mercado de trabalho chama atualmente de soft skills. Um conjunto de habilidades para definir um profissional que desenvolve melhor suas relações interpessoais na comparação com outros. Enquadra-se como características nessa definição: a atitude positiva, a ética, a comunicação, o trabalho em equipe, a liderança e o pensamento crítico. Há empresas, por exemplo, que preferem os profissional com esse perfil em detrimento daqueles que possuem um currículo com melhores qualificações.