Como lidar com questões comportamentais que surgem no início da vida escolar

como usar ferremantas_Prancheta 1 1

A escola é o ambiente onde as crianças desenvolvem as habilidades sociais, por isso conflitos com os coleguinhas podem ser situações vivenciadas nessa nova realidade. A metodologia canadense aplicada na Maple Bear Taubaté tem como base a disciplina positiva para enaltecer as atitudes apropriadas dos alunos e orientar nos comportamentos inadequados de maneira a modelar comportamentos.


No caso das situações de conflitos os estímulos são sempre para que a criança verbalize suas frustações como forma de trazer uma resposta a estimular o desenvolvimento da inteligência emocional. “Estamos formando personalidades e ensinando as atitudes que não são aceitáveis nem para adultos nem para crianças. Chamamos isso de equilíbrio e autorregulação”, explica a coordenadora pedagógica da Maple Bear Taubaté, Lívia Lopes.


A equipe está sempre atenta a interação entre as crianças durante as atividades na escola, mesmo assim alguns momentos de adversidade podem acontecer. “Quando a atitude da criança é negativa, procuramos mostrar que aquilo não é aceitável e existe uma consequência. Por exemplo, se a atitude foi uma mordida no coleguinha, vamos focar na vítima para mostrar que ela está triste por ter passado por isso”, detalha Lívia.


Durante essas interações, a importância com o sentimento do outro também é demonstrada pela equipe educacional para aproximar o professor do aluno e validar o sentimento que levou àquela situação. “A ideia é instrumentalizar a criança para que ela nomeie os sentimentos, porque dessa forma ela aprende a comunicar o que está sentindo e aprender a solucionar conflitos com diálogo”, aponta a assessora psicopedagógica da Maple Bear Taubaté, Nelma Barros.

As situações mais comuns

De 1 a 2 anos a criança está em uma fase de aprendizado da fala. “Se ele não fala, ele vai testando a comunicação, então podem acontecer episódios de empurrão, mordida. Até porque ela acabou de sair de casa, que é um ambiente que pode tender ao egocentrismo”, complementa Lívia.
“A criança conhece o mundo pela boca, então as vezes ela até quer fazer algo positivo como um beijo e acaba dando mordida sem intenção”, aponta Nelma.

Os pais das crianças envolvidas nesses situações cotidianas incidentais não devem achar que houve falta de acompanhamento ou se sentirem culpados porque o filho mordeu o amiguinho. Na dúvida, o diálogo com a equipe e também com a criança em casa colaboram para esse momento de desenvolvimento.

De 3 a 4 anos é a fase que a criança começa a amadurecer as emoções. Nessa etapa uma das dificuldades está em segurar a impulsividade. “O papel dos pais é ouvir a criança e validar aquilo que ela expressa. Se ela diz que fica triste por algo, os pais podem falar que também passam por momentos de tristeza, e ajudá-las a entender que ela pode superar aquilo. Contar tira a responsabilidade da criança sobre esse sentimento”, detalha Nelma.


A equipe de especialistas da Maple Bear Taubaté também explica que apesar das orientações, cada criança é única e não existe receita de bolo. Por isso, qualquer que seja a ajuda que a família precise, basta procurar o plantão pedagógico da escola.